Teve um presidente que dizia
que fumou mas não tragou. Mentiroso e burro que é uma porta, molengão e
guampudão de Paris.
Eu confesso, com 33 anos
disse: não vou morrer sem experimentar. Uma tragada só e tonteei, pouca-prática
dei um fumadão naquele baseado grosso, a advogada que me deu me apertou o
nariz. Pagou caro, pois dali em diante eu não parava de rir, e bateu um tesão
dos infernos.
Isso à meia-noite no Alto da
Bronze. Sete da manhã e eu ainda ria, ouvindo a Quinta Sinfonia de Mahler via
as aves pernaltas dançando num lago imaginário, ela pedindo pelo amor de Deus,
tou morta de cansada, saia de cima de mim, eu vou por cima. Pegadeira, não ia
me deixar mal, mete cadelinha tesuda.
As aves, a música, a mulher a mil por cima... Primeira
e última vez que pitei, uma só tragada. Ela, experiente com a erva e outros
caras, que me disse tu não pode, energia estranha, o nego que já sonha acordado
sem fumar, imagine fumando, vai pro hospício.
Tou de olho na parte da
medicina, vai que amanhã ou depois a erva me salve a vida.
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