Disse o desembargador do TRF4, a respeito da
sentença do perseguidor e inimigo declarado do Lula, inimizade gratuita, por
razões que ele deve saber, ao que me consta o Lula nunca fez mal ao Sr. Moro, o
mesmo que mandou um batalhão de policiais invadir a sua casa, tentar arrastá-lo
à força para Curitiba, profanar o seu lar, e não acharam nada. Aliás, que eu
saiba o Lula nunca fez mal a ninguém, não apenas a esse sujeito.
A Justiça, todos aprendemos desde cedo, não precisa
ser doutor, aprende-se em casa, não se trata de esta gostar ou desgostar de
alguém, embora desde tempos imemoriais, passando por Jesus, se preste a
fatídicas injustiças, sempre subjacente o substrato material.
Bem,
disse o desembargador amigo do Moro sobre a risível sentença:
- É tecnicamente irrepreensível, fez exame
minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do
Brasil.
Manifestou-se pela imprensa (vi no Estadão, jornal
de extrema-direita), prejulgando algo que o seu tribunal teria que apreciar. Já
aqui o cidadão juiz teria que perder a habilitação para o caso.
O chocante detalhe é que os autos do processo não
haviam chegado ainda no TRF4, isto é, não tinha lido o processo, mais de cem
mil páginas de estultices.
Se o seu amigo Moro lhe forneceu cópia no decorrer
do processo, todas as regras de independência foram violadas. Só por isto ambos
teriam que ser afastados imediatamente. Depois é o que se sabe, os senhores
juízes leram numa velocidade que nem o Superman conseguiria.
Em qualquer país civilizado haveria a pronta
intervenção do órgão corregedor, no Brasil parece que é, ou deveria ser, o
Conselho Nacional de Justiça - CNJ, que até hoje mantém um cúmplice e sepulcral
silêncio.
A ser confirmado, o desembargo entrará mesmo para a
história do Brasil e do mundo, como um dos mais vergonhosos atos de arbítrio em
tempos de suposta paz.
Bem, até aqui a minha visão dos fatos. Repito:
fatos. Visão de um autodidata, ou leigo se preferirem, talvez mal informado.
Peço aos amigos versados em juridiquês que me corrijam, se esqueci algo, se
errei em algo neste breviário onde, deliberadamente, evitei a política, o móvel
que subjaz, que num átimo farei a devida correção, o mea culpa.