lunes, 8 de febrero de 2016

Insensato destino

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Putz, acordei muuuito aborrecido, com um barulhão infernal nos ouvidos. Aqui em casa tem uma lei: se ligar a tevê que não seja na Cultura morre, salvo uma explicação deveras convincente, tipo o rompimento de alguma barragem de múlti, assassinando tudo.

Pois a haitiana Sybille andou bebendo e ligou na porcaria da plim-plim. Acordei com uma pancadaria sem nexo e os gritinhos daquela coroa, a tal de Ivete Sangalinha, uma que cobra 600 mil para inaugurar hospital que desaba na semana seguinte, ridícula dando pulinhos em cima de um caminhão, a massa ignara lá embaixo. Junto dela um viadão tatuado vomitando um treco que confunde com música. Por mim que tatue o cu, é dele, só menciono as tatuagens para identificação do elemento.

A tevê levou dois tiros, o prédio inteiro acordou comigo, não foi puf-puf, tava sem o silenciador, os estouros foram ouvidos no Panamá. Ora se isto são maneiras de despertar um homem, e pior que perdi o sono. A Sybille jura que foi por engano, tá lá no quarto com seu vudu espetando o bolsonaro para me agradar.

Raciocinei: é meio cedo, mas o jeito é abrir uma cerveja e ouvir uma música.

Que cerveja nada: servi uma bruta dose de dyabla verde. Vi esse negão Almir cantando sem camisa num subterrâneo certa vez, no Rio, incendiou o teatrinho, suado.

Música boa, putedo!, - grito enquanto disparo de novo, pra cima, por azar destruí a lâmpada -, não essas bostas que botaram hoje!

Silêncio na casa, não são loucas de me responderem.
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