domingo, 15 de noviembre de 2015

A branca do Inter (1)

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Em pleno sábado à tarde o deputado do DEM arranjou uma reunião para conversar com os comparsas sobre uma maneira de entregar a Fundação Zoobotânica aos amigos da especulação imobiliária. Saiu às três dizendo que voltava antes das nove.

O telefone tocou, peguei um táxi e fui lá fud... ã, conversar com a sua esposa, uma loira muito piranhona, pra casar com ele só podia, né. Precisei de apenas meia hora para desmanchar a onça, virou uma sopa. Entre ida e vinda demorei duas horas, cheguei às cinco. Voltei com mais três mil no bolso.

Fui de burro, pervertido, pois prefiro petesudas solteiras, essas direitosas são cheias de nhén-nhén-nhén.

Voltei e começaram os meus problemas: me bati atrás da minha camiseta branca do Internacional de Porto Alegre, e nada de achar. Achei duas rubras do Colorado, mais três do amado Peñarol, mas a branca neca pau.

Enquadrei as tiangas: "Todas já lá pra sala, reunião de família". Sentei no meio do sofá grande, cruzei as pernas, copo de uísque na mão, elas nervosas, sentiram que vinha esporro feio. Enfileiradas em pé, só de calcinha. Jacira de Uruguaiana pelada total, com aquele montão de bombril preto à mostra, chamei-lhe a atenção: "A senhora poderia vestir uma calcinha como as outras, sua despudorada?". Saiu em disparada buscar um paninho.

Até os felinos da casa, Gatolino e LF, se perfilaram no meio delas. Mariana de Rosário do Sul, a índia que em 99 eu trouxe da Serra do Caverá, ainda menina de 19 anos, a única que se permite vir de gracinhas devido à minha complacência, sou louco pela bugra, disse desaforada: "Quer que a gente bata continência também, querido general Salito?".

Dia destes a atiro pela janela.

(segue)


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