viernes, 6 de junio de 2014

Gatolino à venda

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Não sei quem anda dando mau exemplo ao Gatolino. Uma da madrugada e ele meta a miar: miosna, mioooósna. Brabo, em pé querendo subir até alcançar um vidro de conserva que tenho em cima do móvel dos livros, conserva de losna, com pinga. Vidrão, cabe dois litros. Talvez o verde que baila dentro o atraia.

Tá, vá lá, de pena do pobrezinho de vez em quando coloco uma dose no seu cocho.

Parece que adivinhou que não vai levar, neste instante olha para o meu copo e começa a miar: mieja, mieja, mieeeja... Controlo-me. Pára, meu, que mieja nada, vai comer a tua ração. Mieerda, mieerda... Sei que aquilo é uma merda, mas as mulheres decidiram, come e fica na tua. Amanhã te dou fígado cru, picadinho, escondido delas.

Com essa sede por miósna vai precisar mesmo de um fígado novo.

Não se pode mais nem tomar uma cervejinha em paz, ora, mieja, enquanto as minhas senhoras estão no trabalho.

Vendo o Gatolino, por um real. De quebra o comprador leva, como bônus de gratidão cento e um reais, o um e mais cenzão estalando.

Se alguma mulher o achar, ou ele voltar, o, ou a, adquirente precisa apenas dizer que fugiu, achou na rua e tal, eu fora, nego que tenha conhecimento dessa transação. Simples assim, pegar ou largar.


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