miércoles, 3 de julio de 2013

Fala, Lula!, ou O silêncio dos culpados, n'A Charge do Dias

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O título da coluna segue sendo dado pelo boêmio Bruno Contralouco. Hoje mandou dois, sendo que o segundo alterou de covardes para culpados. Tudo bem, enviou a tempo e dá na mesma, nobre empinante.


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Leilinha Ferro não se aguenta: sai de lá detrás do balcão e mostra seu notibuc aberto, dizendo: - Olhaqui, profa Jezebel, tem site dizendo que o "Lula assume papel decisivo na organização das manifestações em todo o País", e pagam o Google para dar destaque no link "Notícias". Nunca vi gente assim tão sem-vergonha.

- Ora, Leila, isso é pseudo jornal, subsidiado com o nosso, olhe por dentro... - responde Jezebel.

Leilinha vê o resto e conta:

- Diz que os jovens do MST e uns tais de União da Juventude Socialista - UJS, Levante Popular da Juventude e Conselho Nacional da Juventude - Conjuve se reuniram com ele...

- Taí, quem está nas ruas nem sabe direito quem são... tudo carta fora do baralho. Essa UJS é o PCdoB, que liquidou com a UNE, todos instalados em cargos no governo - disse Silvana Maresia.

- Esse Levante Popular parece que é do MST... - disse Mateus do Pinho.

- E essa porra de Conjuve é orgão vinculado à Presidência da República - disse Jussara do Moscão, como sempre desbocada.

- Doce ilusão se pensam em se apoderar do movimento. Todos estes anos quietinhos, pendurados nos cabides, ganhando bem, que vão à puta que os pariu -  falou a Ain Cruz Alta, entrando do clima da Ju.

- Noto que hoje as amadas professoras estão com pouca paciência - disse Tigran Gdanski da mesa ao lado -, que tal acharam as propostas do Luiz Eduardo Soares para a reforma do sistema eleitoral?

- Não vi... Que propostas? - perguntou Jezebel.

- De os deputados ganharem o mesmo que os professores, entre outras...

Os olhos das professoras se iluminaram. Daí que ficaram uma hora discutindo as possibilidades dessa e de outras propostas se materializarem. Chance zero, salvo se a massa fosse em peso, e pedaços de paus, para a rua com essas bandeiras.

Marquito Açafrão entra no bar e toma ciência dos assuntos tratados. Questiona: - Então, o Lulalelé resolveu abrir a boca?

- Que nada, continua caladinho, só mandou esses babacas fazerem a frente, pra sentir a repercussão - disse Carlinhos Adeva.

- Ele que vá tomar bem dentro! - exclamou o Contralouco.

- Reper... cutiu - disse rindo o Clóvis Baixo.

Nicolau Gaiola empurra a porta do botequim e adeus política, os médicos o proibiram de tais assuntos. Leilinha trata de pegar as obras do dia com os boêmios. Escolheram as seguintes:

J. Lima.



Paixão.



Aroeira. Neste momento das escolhas Aristarco de Serraria pediu a palavra: - Gente, estou convicto de que o plebiscito seria o melhor, apesar da confusão, o tema é muito complicado para analfabetos funcionais, mas a toque de caixa assim vai sair apenas um me-engana-que-eu-gosto para os canalhas continuarem fazendo o que bem entendem.



Clóvis Baixo tanto pediu que a coordenadora Leila lhe permitiu escolher uma obra a solas. Mário Alberto.



E a Leilinha, desencantada que anda - a turma segue suspeitando de que rompeu o namoro com o Z do Psol, ficou com o Sinfrônio.



O blog tem boa memória e algo a dizer, com a permissão dos botequeiros: essa história que agora tentam empurrar goela abaixo, de que foi o povo quem quis porque quis a Copa no Brasil é uma descarada mentira. O que aconteceu foi que os analfabetos funcionais quiseram, empurrados pelas redes de comunicações, estas de mão molhada pelos verdadeiros interessados na chuva de dinheiro público sem licitação onde poderiam se banhar.


A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.


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