miércoles, 10 de abril de 2013

Tribunal pra quê, Lalau?, n'A Charge do Dias

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Além de estarem com o napoleão de hospício Marco Feliciano atravessado na garganta, hoje os boêmios emputeceram com o governo, a partir de uma historieta contada por Carlinhos Adeva, envolvendo altos escalões - altos na hierarquia que lhes foi dada de mão beijada, não necessariamente elevados em competência e honestidade. Em resumo: o governo poderá assumir os prejuízos das empresas do Eike Batista, o maravilha da nação. Uma pilhéria de muito mau gosto.

Carlos encerrou assim:

- A desculpa é de que é para não afugentar investidores externos, como se os estrangeiros fossem otários, acostumados que são em carrear lucros e mais lucros para fora, muitas vezes subsidiados pelo BNDES. Em outras palavras: querem indicar aos estranjas um "venham que em caso de preju a gente abraça".

Aristarco ponderou:

- Talvez não passe de intriga da oposição, mas verdade é que também já vi umas conversinhas estranhas pelos jornais, envolvendo aspones diretos da Dilma e até o Itamaraty.

- Se eu pego uns caras desses.... - disse o Contralouco.

- Por mim que esse Eike se exploda. Por acaso não é ele o reizinho do capitalismo selvagem, que vive esfregando a sua riqueza bem havida no nariz dos brasileiros? Se quebrar foda-se, outro entra no seu lugar - falou Jezebel do Cpers.

- Bem havida? Vá saber... - duvidou Tigran Gdanski. - Tem aquelas estórias de como a fortuna foi construída pelo pai do cara.

E seguiram lá, em altas discussões no botequim, para salvar o Brasil. Não ao Eike, que pobre nunca ficará, sugeriu Jussara, pois deve ter alguns bilhões bem guardados em alguma ilha. De se ressaltar que na verdade alguns dos boêmios são de fato muito competentes, nada de consultor de porra nenhuma que chega a ministro porque... por que mesmo? Não são ministros porque não lambem o saco de ninguém.

O bar inundou-se de contentamento com a possibilidade de desentocarem, da gaveta onde dorme, a CPI das telefônicas. Como seria bom que o povo soubesse como as coisas funcionam nesses antros.

No mais, puxados por Wilson Schu, elevaram um brinde ao Joaquim Barbosa. E mandaram tomar na bunda dois senadores do PT, junto a eminências pardas do juridiquês brasileiro. Estádios superfaturados e tribunais monstros é com eles mesmos, enquanto o povo morre na porta de hospitais. 

- Se ninguém vai preso, salvo o povinho, para que gastar mais um bilhão em novos tribunais? - perguntou o Contralouco.

- Para discutirem quem tem mais direitos de assaltar o povo, para insurgirem-se contra tributos, essas coisas -, respondeu Wilson.

Carlinhos Adeva, novamente com a palavra, congratulou-se com o ministério público:

- Quando querem aparecer vão atrás de uns pés-de-chinelos. Quero ver é quando terão coragem de encarar os grandes ladrões, que estão na Av. Paulista e no Congresso Nacional.

Dizemos Congresso para que o nobre leitor compreenda, pois os boêmios o chamam de Conúbio Nacional. Dez a zero para o Carlinhos.

Bem, já ficamos nosotros metendo o bedelho nos papos alheios. O que nos cabe é publicar a escolha das charges do dia.

Às obras. Ficaram com os seguintes artistas:

Genildo. Esta bem ilustra o que disse Carlinhos por último.




  Atorres, do Diário do Pará, sobre aquele bosta.




Paixão, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR). Idem.




Frank, de A Notícia (Joinville, SC). Sobre os juridi... alguma coisa.




Miss Leilinha também escolheu as suas obras. Hoje a guria estava espiritada. Começou com Newton Silva (Fortaleza, CE), dizendo aos boêmios que de vereador para cima é tudo assim.




E fechou com os filhos da puta que superfaturam obras desnecessárias. Ops, entramos no clima. Com o Dum, do Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG).




 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há alguns meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro. 

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