domingo, 24 de febrero de 2013

Corinthians, horda de barbados bárbaros?, n'A Charge do Dias

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Pela manhã, quando os boêmios ainda não tinham mexido com os espetos para o churrasco dominical do Beco do Oitavo, Lúcio Peregrino ameaçou iniciar as Notícias do Notibuc: 

- Gente, atenção, notícias da semana: Lulalelé, o bundão deslumbrado e intrometido, chamou a atenção da Dilma grosseiramente durante o regabofe do petê, defendendo o amancebamento com Maluf, e...

Uma estrondosa vaia o interrompeu. Domingo ninguém quer saber dessa gente, de modo que Lúcio fechou o nóti e pediu ao Portuga uma batida de limão.

O bate-papo dos amigos do Botequim começou mesmo com uma pergunta delicada do filósofo Aristarco de Serraria:

- Digam-me uma coisa, o moleque que leva ao estádio um sinalizador de uso das forças armadas, obviamente proibido aqui, na Bolívia e em todo o mundo, tem pai?

- Se tem, não merece esse nome -, responde Jezebel do Cpers.

- Deve ser filho de mãe solteira, e a pobrezinha logo perdeu o controle, como quase sempre ocorre com o teteinho egoísta e malvado, só com a mãe se torna um porra-louca -, emenda Chupim da Tristeza.

- Ele diz que o disparo foi acidental. Acidental? Mas para que levou o artefato proibido, se não para disparar? -, indaga Silvana Maresia.

- Esse negócio de um menor assumir a autoria do assassinato está me cheirando mal, de repente está encobrindo algum bandidão, pois tem cada metralhão lá, de 30 anos pra cima. Uns bichos desses deveriam arranjar namorada, só punheta enlouquece, ora andar feito doido em função de onze machos... - reclama Tigran Gdanski. 

- Se pudessem levariam metralhadoras, os débeis mentais, será que não viram o que uma bosta dessas, só de fumaça, causou em Santa Maria? -, diz Wilson Schu.

- Bando de loucos... bando de criminosos, isso sim, não é de hoje que promovem barbaridades, por onde passam é terra arrasada, desta vez deixaram um menino dentro de um caixão para uma família, deveriam trocar o nome para Bandidos Filhinhos da Mami -, arremata o Contralouco.

- Calmaí, gente, não dá para generalizar, tem menino bom lá no meio -, torna a falar Jezebel.

- Só sei que isso é muito triste -, lamenta Jussara do Moscão.

- Além da falta de pai, são as leis que estimulam a irresponsabilidade. Não viram aquele monstro, matou friamente a mãe e o pai e saiu a passo do tribunal para recorrer em liberdade, com um caminhão de anos nas costas. Quando o trancafiarem, irá cumprir um sexto da pena, três anos e pouco, e sairá rindo. A mesma pena daquela coitada que roubou uma lata de leite em pó para alimentar o nenê -, diz, pesaroso, Marquito Açafrão.

- Esse é adulto, tomara que façam a pele dele na cadeia, lá as leis funcionam e as penas são executadas integralmente, roubar vale, afinal no fundo se trata de recuperar o que lhes foi surrupiado pelos políticos e empresários ladrões, mas isso de estuprar ou matar os pais a turma não gosta... -, roga Carlinhos Adeva.

- Tinha era que a gente mesmo quebrar a pau -, diz Gustavo Moscão, elevando o tom.

Walter Schiru chega com a carne. Hoje será costela de ovelha e algumas picanhas. Para a criançada, dê-lhe coração de galinha. Aí a conversa descambou para o Grenal de logo à tarde, em Caxias do Sul. O Grêmio vai com os reservas, de medo de queimar os titulares, embalados depois da goleada sobre o Flu pela Libertadores, de titulares só o Dida e mais um. O Contralouco estimou em 8 a 0 para o Inter, diz que bem feito para o Dida, quem mandou casar com a Márcia Fu. Vá lá, um certo exagero, chega a inventar casamento. Moscão diz que 1 a 0 já estará de bom tamanho.

A turma do som já está no aperitivo -  dyabla verde, com violão, cavaquinho e pandeiro ainda intocados.

Leila Ferro pede que votem logo as obras do dia; mais tarde, com caixas e caixas de loiras geladas, ficarão, digamos, já sem a presteza necessária para uma boa escolha.

O Contralouco fez uma alaúza em torno da obra do Nani. - Gente, o Passaralho vem a ser primo dos irmãos Carpano e Carpel, e paulista é tudo viadinho prevalecido com quem não pode se defender, homem eles não enfrentam, tem que dar uma enxada para esses filhinhos de pápi, antes que morram de per si. 

Deu unanimidade. 





E a turma pegou gosto, putaria, principalmente, e roubalheira sempre é assunto no botequim. Agora com o... Nani. De novo. Só dá Nani! 




E se vieram com o Rico, do Vale Paraibano (São José dos Campos, SP), sobre um ser..., vocês sabem.




Arremataram com o Amâncio, de O Jornal de Hoje (Natal, RN), detonando um dos horrores do nosso país. Sempre que a turma escolhe o Amâncio, lá do Rio Grande do Norte, a nossa outra face, paramos para pensar no continente que é o Brasil. Desde o Rio Grande do Sul, vai um abraço aos amigos lá de lejos.




Miss Leilinha Ferro apresentou as suas. Chegou à mesa central da calçada e cochichou no ouvido da mestra Jezebel (que depois contou aos boêmios): - Tia Jêze, quem é o Carpano? Jezebel cochichou de volta: - É um caralho enrolado num pano. E Carpel é... - Já imaginei, tia, obrigado.

Ficou com o J. Lima, do Jornal Opção (Goiânia, GO). Ferro neles!, Leilinha.





E torna a lembrar os trogloditas, com o Brum, do Tribuna do Norte. Oba, de novo Natal (RN). Essa menina é fogo.




 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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