domingo, 17 de febrero de 2013

Os ratos do Senado, n'A Charge do Dias

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Hoje teve, ainda tem, churrasco no Beco do Oitavo. Clóvis Baixo assumiu o tonel no canteiro da rua. O assunto é um só: o incidente com Mr. Hyde, logo no início da manhã, o que ensejou a sua hospitalização, a família entendeu por bem essa providência.

Ocorreu que Mr. Hyde chegou no botequim às nove da manhã, trazendo uma mala que parecia pesada, pelo esforço do grandalhão em carregá-la. 

- Vai viajar, Hyde? -, perguntou o Contralouco.

- Não, pedro bó, a mala tá cheia de coquetéis molotov, depois vou levar pro Salito, vi o que ele falou das casas de agiotagem no blog ontem.

A turma já estava espalhada pelas mesas da calçada, aperitivando e tomando mate. Em seguida chegou Lúcio Peregrino, dando conta de que o pedido de impeachment do Renan está quase batendo em 1.600.000 assinaturas (ajude, assine AQUI), e logo abriu o noti e se pôs a selecionar as demais Notícias do Notibuc, para mais tarde apresentá-las aos boêmios.

Nisso passou na calçada uma alemoa com um pretinho pela mão. Mr. Hyde falou na cara da moça, com aquela sua voz de trovão:

- Fudendo com negão, hein?

Comoção geral, ninguém acreditava que tinha ouvido aquilo. Aristarco de Serraria foi o primeiro a se recuperar, e exclamou, com voz ríspida:

- Mas o que é isso, Hyde, enlouqueceu, isso é coisa que se faça?!

Chupim da Tristeza não deixou por menos:

- É meu amigo há 15 anos, e só agora descubro que tu é um maldito racista!

Porém a Profa. Jezebel do Cpers, que vem de longe, cochichou aos parceiros da sua mesa, que logo passaram adiante:

- Gente, olhem para ele, vejam como está estranho, o rosto, os olhos...

Aí todos se deram conta de que realmente havia algo de muito errado com o empinante. Hyde não disse mais nada, como se não tivesse captado as reclamações, levantou-se e foi ao banheiro. O Contralouco voou para a sua mala e a abriu, aí sim é que a turma caiu para trás: atolada de coquetéis molotov embrulhados em jornal.

O pessoal ficou de olho nele, enquanto Gustavo Moscão e Jussara saíram apressados em busca da sua família, ele possui um irmão também médico, saberia o que fazer. E soube: levar à força um homem daquele tamanho causaria um estrago dos diabos, por isso o seu irmão lhe pediu uma ajudinha com um paciente no hospital, e se foram. Lá o pegaram.

Isso tirou o ar de festa dos churrascos dominicais. Por volta do meio-dia o irmão médico passou lá e disse que Hyde estava medicado, amanhã teria notícias mais consistentes sobre o motivo da viajada.

Leilinha pediu que fizessem um esforço e escolhessem as obras do dia. 

Pensando em Mr. Hyde, os amigos começaram escolhendo o Mariano.



Depois ficaram com o Frank, de A Notícia (Joinville, SC). Aqui Wilson Schu lembrou que os molotovs poderiam ser usados para matar os ratos do senado.



Choraram e obtiveram de Leilinha o direito a mais uma, sob a alegação de que a primeira fora em homenagem ao Hyde. E se vieram com o Sinovaldo, do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS).



Miss Leilinha Ferro, hoje com o namorado Z dando uma mão no boteco, ficou com o Newton Silva (Fortaleza, CE).



 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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