viernes, 9 de noviembre de 2012

Saudades de Brumi

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Prometi para a menina-moça Bruna Missaggia um sonzinho, que guria, estudiante lutadora... Não pode bater bem, deixou que escolhêssemos a música. Tentarei não decepcioná-la.

Cesária Évora, a deusa de pés descalços, cantante cabo-verdiana de muitas referências neste blog (uma AQUI), dá o recado.

A cantiga se chama "Sodade" (Armando Zeferino Soares, que a compôs pelos idos de 50).

Pra ti.

Tintim!
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11/nov/2012, 00:14 h:

Brumi, sempre se aprende quando se dedica algo. Depois de ouvir essa versão, en vivo pela tevê francesa, de um clássico do mundo (Sodade), fiquei com a cabeça no cantor que a olhava, à Cesária,  cuidadoso, tentando dar tudo de si mas evitando atrapalhar, era isso? Ela estaria de mal, de fogo, brava? Estava é de ressaca. Seria temor, parecia sem jeito, o quê afinal?

Que nada, respeito, amigo velho, só estavam na tevê para propaganda de show mais tarde, na noite parisiense.

Bonga Kwenda, é o nome artístico do cantor e escritor, ex-atleta - recordista português dos 400 m, quando Angola era colônia - José Adelino Barceló de Carvalho (Bengo, Luanda, Angola, 5/9/1942). Um homem que é e sempre será um ser amoroso, respeitoso sem frescuras, doce. Ídolo do povo de Angola, que o ama. Ele merece, mas não liga para elogios, nisso se saiu à deusa cabo-verdiana de pé no chão. Aí reside a metade. 

A outra metade é o amor, cuidarmos para não perdê-lo, o nosso, a ferro e fogo, aprendemos com os errinhos.

José Adelino carrega amor no coração, é... bem ele. Defende com ardor a não-violência. À época das guerras, ainda as há, foi e é crítico feroz de todos os infelizes que as criam ou admitem. Todos. Não tenho lado, meu lado é a paz, é sentar em torno de uma mesa e resolver sem sangue de inocentes, porque vocês não morrem, morrem eles. Sem sangue de ninguém.

Esse o moço que acompanha Césaria Évora em Sodade.

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