jueves, 11 de octubre de 2012

Um amargo sorriso, n'A Charge do Dias

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O ministro Levandowski começa a sua arenga pela TV Justiça. Marquito Açafrão se levanta e desliga a tevê, soltando um impropério entredentes.

- Isso, Marquito, vem pra cá, esse vai absolver todo mundo, diz Walter Schiru, abrindo a caixa de dominó.

Os que estão com seus livros retomam a leitura, Tigran volta ao seu jornal de Warszawa. Com a ausência do Contralouco, que está sobrecarregado na gráfica, reina tranquilidade no botequim.

Lúcio Peregrino avisa que está procurando na internet o game Batalha do Mensalão, no qual Joaquim Barbosa tenta atingir os mensaleiros; ele quer dar um tiro no Lula, vale mil pontos. Mr. Hyde ruge lá do fundo: "Siga sou!". Logo o bar inteiro se escala, todos querem dar o seu tirinho.

Leilinha Ferro tira a poeira da moldura da foto do Inter, na parede do bar, com a vitória sobre o Galo a esperança voltou: rumo à Libertadores.

Depois de um tempo, Clóvis Baixo não aguenta e liga a tevê em baixo volume, lembrou da partida de Brasil x Iraque. Todo mundo protesta.

- Ora, Iraque, não é páreo nem pros juvenis do Caxias, aqueles vadios da CBF não tem mesmo vergonha na cara, e a maldita imprensa vai dizer que agora vai, na certa haverá goleada, diz Mr. Hyde.

Ao mudar de canal Clóvis passa pela Justiça e se depara com o ministro Marco Aurélio. Olhem - alerta -, tá descendo o pau: houve ocultação, sim, de dinheiro, por parte de quem recebeu".

Pronto, aumenta o volume e os boêmios voltam a torcer para que os bandidos sejam condenados pelo crimes que cometeram, como reclamam suas almas de homens que nunca transgrediram a lei. Jezebel, Jussara e Gustavo entram no bar e se unem à plateia.

- Tu entendeu tudo errado, Clóvis, ele está indo pelo lado do Levandowski, está discutindo o sexo dos anjos, o significado de "ocultar" na Lei de Lavagem. Se aquilo que Paulo Rocha, Anderson Adauto e João Magno fizeram não é lavagem, então rasgo meu diploma, diz Carlinhos Adeva, o advogado da turma.

Desligam a tevê novamente, voltando aos seus afazeres. As professoras Jezebel e Jussara, sob o olhar complacente de Gustavo Moscão, ficam falando mal do governador na mesa da janela.

Nicolau Gaiola entra no bar reclamando do dia cinzento, parece final de outono, Porto Alegre é uma cidade louca, diz. Pede uma cerveja. Até ali estão todos na água mineral.

Leila Ferro pergunta se podem antecipar a escolha das charges. Podem, sim. Reúnem-se nas mesas do centro.

Ficaram com o Cláudio, do Agora S. Paulo (São Paulo, SP).




E com o Amâncio, de O Jornal de Hoje (Natal, RN).




Leila Ferro escolheu a do Luscar.


João da Noite, depois de muito tempo sem aparecer, adentra no recinto. Todos acorrem em abraços de boas-vindas, saudosos do futuro prefeito da cidade. Passados os afagos, Leilinha trata de lhe ceder o direito a escolha de uma obra, como forma de homenagem. O famoso boêmio pára na obra do Tiago Recchia, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR), com um amargo sorriso nos lábios.













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