viernes, 12 de octubre de 2012

Dia da Criança n'A Charge do Dias

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- Olhem só: a Celeste uruguaia, saída da Bolívia, ontem sofreu um grande atraso para chegar a Mendoza, na Argentina, devido a uma tormenta, mas chegaram todos sãos e salvos. Hoje à noite, enfim, talvez possamos assistir a um jogo que preste, pelas Eliminatórias da Copa, e não essas drogas de jogos europeus das porras das tevês -, disse Lúcio Peregrino, catando notícias no notibuc.

- Sei não, eles preferem passar Itália x Armênia, ou Arranca Toco x Derruba Trave, replicou o Contralouco.

- O Uruguai vai com os reforços do Forlán e do Loco Abreu, disse Clóvis Baixo.

- Reforços? Não estou tão certo... - cutucou Aristarco.

Jezebel do Cpers se levanta, ergue seu martini e exclama: "Dá-lhe, Uruguai!".

O tradicional arrastar de cadeiras e lá vêm os boêmios, em uníssono, brandindo suas losninhas: "Dá-lhe, Uruguai!".

- O que mais tem de bom aí?, pergunta Tigran.

- Bem... de bom não tem mais nada. Peguem esta: quarta-feira dois diplomatas negros, brasileiros, amigos de Joaquim Barbosa - Carlos Frederico Bastos da Silva, 45, e Fabrício Prado, 31, da Divisão de Assuntos Sociais do Itamaraty, apresentaram credenciais na entrada do plenário, para assistir à eleição do ministro como Presidente do Supremo, mas foram barrados, os seguranças informaram que o sistema de identificação estava travado. Enquanto isso os demais convidados, brancos, eram liberados para assistir à sessão. Os caras tiveram que bater perna e gastar muita saliva lá dentro, até conseguirem entrar.

- Não acredito... racismo no Supremo Tribunal Federal, no dia da eleição do primeiro negro como Presidente do Supremo!?, exclama Jussara.

- Se eu pego o chefe desses porteiros..., diz o Contralouco.

- Outra: lembram que um tribunal, por 3 a 2, anulou as provas da Operação Satiagraha contra o Daniel Dantas, aquele banqueiro mafioso? Pois é, mas ontem negaram desbloquear os bens do malandro, porque tem recurso do Ministério Público no Supremo Tribunal Federal.

- Mas esse cara se diz amigão do Supremo, diz que lá faz o que quer!, exclama Wilson Schu.

- Se eu pego esse Daniel Dantas..., diz o Contralouco.

- Tomara que o processo caia nas mãos do Joaquim Barbosa, pois se cair nas mãos do Complikowski fudeu tudo, resumiu Mr. Hyde.

- Seu eu pego esse Complikowski..., diz o Contralouco.

- Por falar em Argentina, o governo continua batendo forte na Globo deles, quer acabar com o monopólio nas comunicações. Mas o grupo Clarín é poderoso, sempre fez o que bem entende, a briga é feia.

- Agora entendi porque os âncoras da Globo - o noivinho de bolo de casamento e o William Vaca, tanto falam mal da presidenta da Argentina, é medo que a moda pegue, disse Mr. Hyde.

- Se eu pego esses putos da Globo..., diz o Contralouco.

E assim transcorria esta bela manhã de feriado no Botequim do Terguino, quando Leila Ferro interrompeu o ameno bate-papo dos empinantes, pedindo as charges do dia.

O Contralouco lembrou o Dia da Criança, dizendo com rancor: "É muito atrevimento dos canalhas que mandam no mundo ficarem falando em presente para crianças, enquanto milhões morrem de fome. Pior que isto só o Natal".

O pessoal concorda, mas, antes que entrem nesse amargo tema, Leila insiste que precisa enviar as obras para o blog.

Escolheram a obra do Samuca, do Diário de Pernambuco (Recife, PE).



E a do J. Bosco, de O Liberal (Belém, PA).





As nobres professoras Jussara do Moscão, Silvana Maresia e Jezebel obtiveram de Leilinha a graça de escolher uma obra, depois de se dizerem cansadas de ser voto vencido pelos barbados. Ficaram com o William.




Na sua vez, Leilinha Ferro foi buscar em seus alfarrábios uma charge antiga do Santo.





(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro)








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