miércoles, 24 de octubre de 2012

As unhas da Dilma Madame Mim, n'A Charge do Dias

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Torcedor é engraçado. O primeiro assunto no Botequim foi o jogo do Inter contra o Vasco, logo mais à noite, lá em São Januário. Os amigos olharam a tabela de classificação, fizeram contas, e chegaram a conclusão de que o Inter ainda pode entrar na zona da Libertadores, o G4. O António Portuga, gremistão, acompanhava de longe a movimentação, com um sorrisinho zombeteiro nos lábios.

Segundo o pessoal, o 4º colocado, o São Paulo, com 55 pontos, dez a mais que o Inter, daqui para a frente só enfrenta pedreiras. Ganhando hoje do Vasco, a diferença cairá para sete. Bem... Sem comentários.

Até ontem os boêmios estavam se lixando para as eleições na matriz (Estados Unidos), firmes de que Obrama, como o chamam, e Romney é trocar seis por meia-dúzia. Salvo Clóvis Baixo, que acha que os republicanos de Romney são mais terroristas que os democratas de Obrama.

Ontem a turma assistiu ao último debate entre os candidatos à Casa Branca, sobre um tema que lá tem pouca influência na definição do voto, mas que ao mundo interessa muito: política externa. No entender dos amigos, Obrama passou de trator por cima do outro, uma surra. Pura falta do que fazer, mas resolveram "votar" em peso no atual presidente, a partir de um momento dos debates, onde tudo ficou muito claro. Hoje os jornais noticiaram mais ou menos assim aquele trecho:

Romney acusou Obama de ter perdido uma oportunidade na Primavera Árabe – movimentos populares contra autocracias no Oriente Médio e norte da África – e de não fazer o suficiente para coibir o extremismo islâmico nas democracias nascentes desses países. Ele também acusou Obama de enviar os sinais errados aos líderes iranianos ao realizar um “tour de pedido de desculpas” no início de sua presidência e não incluir Israel. "O senhor foi ao Oriente Médio, visitou o Egito, a Arábia Saudita e a Turquia, mas não Israel – nosso maior aliado na região.”

Obama aproveitou o comentário para lembrar uma viagem marcada por gafes que Romney fez a Londres, Jerusalém e Polônia em julho. “Quando visitei Israel, não fui para me encontrar com doadores”, disse em referência ao fato de o republicano ter participado de um evento de arrecadação de fundos eleitorais quando estava no Estado judeu. Na ocasião, Romney exasperou os líderes palestinos ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel, não mencionar a invasão dos territórios palestinos e sugerir que o desenvolvimento econômico israelense se devia a uma superioridade cultural do país.

Não é seis por meia-dúzia, não - disse Aristarco -, se depender do nazistão desse Romney os nossos irmãos palestinos e islâmicos em geral serão trucidados.

Muitos dos empinantes apenas arranham em americanês, como disse o Contralouco, ele que nem arranha, só ficou repetindo fóquiú mai friendi e dando risada, mas a profa Jezebel do Cpers, que é fluente em inglês, ajudou na compreensão.

No seguimento, Lúcio Peregrino se disse estarrecido com a Comissão de Ética da Presidência da República, ou do que dela restou (veja matéria neste blog, AQUI). Diz que exala um fedor tão grande que é sentido em Kepler 22-b, a 600 anos-luz da Terra. Ele explicou:

- O Conselho deve ter sete componentes. Estão em quatro, por alguma razão a Dilma não encontra gente capaz para completar o quadro. Recentemente ela mandou embora dois, que haviam ferrado com o Lupi Eu ti Amo e estavam mirando agora no consulpone Pimentel, seu ministro e amigo, pelas consultorias que nunca existiram, mas pelas quais ele cobrou dois milhões, um negócio parecido com o daquele bigodinho de gato, o Palocci. Pois a madame trocou esses dois, que contrariavam seus interesses, por gente da sua confiança (?), e nomeou mais um. O presidente da Comissão, o notável jurista Sepúlveda Pertence (ex-Procurador-Geral da República, ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal, etc., no link indicado há breve currículo) rebelou-se com a tramoia e pediu as contas. Pois agora, novamente com somente quatro componentes, um deles presidente interino, os queridos inocentaram o Pimentel sumariamente: arquive-se.

- Puta que pariu, essa gente não fica nem vermelha, diz Clóvis Baixo.

- O poder é foda, meus amigos, contrarie pra ver, resume Jucão da Maresia.

- Mostrou as unhonas, depois dessa vou recomeçar a chamá-la de Madame Mim, diz Mr. Hyde.

- Eu já tinha lido  algo sobre o assunto - comenta Tigran Gdansk. Perderam totalmente a credibilidade. Quem é que vai dar importância ao que essa gente fizer daqui pra frente? Deveriam é fechar logo esse buteco.

Carlinhos Adeva entra no buteco. Terno novo, azul-escuro, camisa azul-clara, gravata verde-amarela, todo sorridente.

- Uma champanhe seca!, Portuga.

- Ué, ganhou na Loto? São onze da manhã, Adeva..., diz o Contralouco.

- Ganhei nada, mas talvez ganhe hoje à noite. Vamos é comemorar a dosimetria da pena, ontem o Joaquinzão já fincou 11 anos no Marcos Valério, e hoje tem mais.

- Então baixa uma pra mim também, português! - grita o Contralouco - não vou ficar fora dessa.

- Mais uma na minha conta, Portuga!, diz Mr. Hyde.

- Outra pra mim, pede Chupim da Tristeza.

- Pelo jeito vai faltar champanhe quando chegar a vez do José Dirceu, observa Jezebel do Cpers.

Procurando as notícias pelo notibuc, de repente Lúcio exclama: Arremataram o cabaço da catarinense! Um japonês vai pagar um milhão e meio de reais.

Refere-se ao leilão da suposta virgindade de uma moça de Santa Catarina, que tomou o noticiário mundial. Leilinha Ferro diz que vai dar uma volta e não demora, o Portuga assume o caixa.

- Um amigo do japa está dizendo para ela não se fiar na fama de tico pequeno dos japoneses, pois o amigo dele é um japão de quase dois metros, e com o negócio da grossura de uma garrafa que bate no joelho.

- Mamma mia, coitada da moça, disse Jezebel.

- Coitada nada, aguenta rindo!, pois é virgem só no ouvido, escarnece o Contralouco.

- Antigamente trepar por dinheiro era prostituição, lembra o recém-chegado Marquito Açafrão.

- Mas tá na cara que ela é prostituta, alguém tem alguma dúvida?, pergunta Chupim da Tristeza.

Depois dessa, a conversa despencou para comentários impublicáveis, do tipo quais serviços estariam cobertos pelo contrato, se papai-mamãe apenas ou se outras taradices.

Às obras. Os beberantes escolheram a obra do Nani, bem de acordo com o espírito da turma.




E com a do Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE). Clóvis Baixo afirmou que o Lula aprendeu a fazer churrasco de paulista depois que prenderam o seu churrasqueiro por ser aloprado, atolado em denúncias de compra de dossiês contra adversários do chefe. A afirmação foi refutada por Aristarco de Serraria: esse churrasqueiro, de churrasco de catarinense, que era enfermeiro e havia ganho um carguinho de diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, não foi preso coisa nenhuma, mas tomou doril. Lúcio Peregrino se empolga e vai buscar informações no livro O Chefe, do Ivo Patarra, disponível na rede (clique AQUI). Ouçam - diz -, no capítulo 13:


A proposta para criar a CPI surgiu após a identificação de Jorge Lorenzetti, o amigo e churrasqueiro de Lula, como protagonista do escândalo do dossiê, no final de 2006. Na época Jorge Lorenzetti fora apontado pela Polícia Federal como o responsável pela articulação da compra do tal dossiê. Ele também era colaborador de uma ONG, a rede Unitrabalho, suspeita de desvios. A Unitrabalho recebeu R$ 5,4 milhões da Fundação Banco do Brasil.


Pois é - segue Aristarco -, agora o Chefe (dos comparsas dele em São Paulo), sócio do Maluf, parece que sabe fazer churrasco, de paulista. Isto é, sabe para as negras dele que nunca viram como se mata um boi, salvo em matadouro dos amigos, onde tudo é automático, choque na cabeça ou já tem coisa melhor?

Clóvis Baixo: Sabe merda nenhuma, churrasco gaúcho jamais saberá, nem que viva cem anos, há que se ter alma y otras cositas más para abrir matar um boi, abrir buraco no chão e saber as árvores que podem espetar.





Miss Leilinha Ferro ficou com o Duke, de O Tempo (Belo Horizonte, MG).





(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro)

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