martes, 2 de octubre de 2012

A roupa nova do José Dirceu, n'A Charge do Dias

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Ao entardecer clareou no Botequim do Terguino. Ontem fechou o tempo, todos se emborracharam a milhão, inclusive este que vos fala, digo, escreve, que inventou de visitar o buteco, rever os amigos que um dia.

Quando o assunto descambou para os melhores tangos, para a alma dos brasileiros, aí é que ninguém se entendia mais, recordaram até Plegaria, que llega en mi alma. O clássico Mi Buenos Aires Querido foi tirado do repertório, ora quem quer saber de outra cidade, amantes que são de Porto Alegre.

Chupim da Tristeza, aquele vasto negão, implicou que o bolero Perfume de Gardênia fica melhor em ritmo de tango. E fica mesmo. Bem, esse fica até em ritmo de valsa, milonga, samba.

Veruschka, no auge de ríspidas discussões, ela que um dia ajudou a criar o PT, suou sangue mas hoje silencia a respeito, aparteou os boêmios e cantou Uno, à capela. Oigalê Verinha!

As belas Piqui e Roxinha saíram antes da meia-noite, trabalham na construção do blog que fazem ao compositor João Palmeiro, precisavam ir. Eta sorte: foram poupadas por Nosso Senhor.

Não dissemos ontem, aqui, da nossa visita ao bar, por causa dos mercenários de Mr. F. Febrabran, não perdem uma, sempre traiçoeiros como seus chefes. Emboscadas mal-sucedidas, claro, mas ora, para quê? Evitamos incomodação, eles que vão torrar a paciência de outro, temos outras prioridades que não atirar em zumbis.

Acreditamos que o nervosismo dos boêmios se deve a proximidade das eleições, dinheiro não é - sempre têm pouco, É o assédio dos infelizes que imploram votos, os berros dos carros de som, a dissonância da má política, os urubus alucinados por carnes moles das vilas de miséria, passam isso ao pessoal, essa tensão, mal-estar, a consciência de estarmos a caminho do patíbulo. Peru em véspera de Natal.

Um dia teremos candidatos que mereçam rasgados elogios, sem que fiquem se achando o cara, aqui não violão, é mais embaixo, me respeite. Nos últimos trinta anos tivemos quatro presidentes: uns cacacas, tipo aquele que acerta na loteria e fica se julgando um iluminado, ungido por Deus ou Jesus. Eram só números, seus palhaços, e as negociatas com os bandidos que querem levar o Brasil assim... vocês todos, um imenso nada e uns médios que vocês enrabam pelas redes.

Serão repelidos um dia.

A meninada rirá quando lembrarmos que antigamente era um pequeno bando de crápulas que mandava em milhões de pessoas.

Mania de ir mudando de assunto.

Hoje o Botequim está dividido, metade com o PSTU e a outra metade com o Psol. É o que têm, é o que tenho, para manter um mínimo de vergonha na cara.

A turma pega leve com bebidinhas neste momento, só chope com colarinho de três dedos, à moda gaúcha. Recuperam as energias desperdiçadas na madrugada. Ei, Portuga, mais um frango à passarinho aqui na 1, carrega no alho!

Atenciosos uns com os outros, com aquela de desculpe se discuti contigo ontem, ao que o outro replica me desculpa tu, eu que sou um abobado.

Isso, amigos, o temporal há de passar.

Leilinha Ferro pegou cedo as obras do dia. Começaram com o grande Nani.




E arremataram com o grande Aroeira.




Leilinha parou na obra do grande Duke, para variar. Do Super Notícia (Belô, MG).




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro)













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