miércoles, 19 de septiembre de 2012

O respeito aos muçulmanos e as Charges do Dias

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Depois da pausa de terça-feira, quando os companheiros acorreram dar uma mão aos prejudicados pelas chuvas, aos poucos os boêmios voltam à normalidade. O assunto inicial, claro, são as chuvas de setembro. Janjão teve a casa inundada, perdeu móveis e tudo. Chupim da Tristeza idem. De positivo, só o restabelecimento das reservas na fronteira, onde Bagé estava sob racionamento de água desde janeiro.

Desde o Rio de Janeiro, num calor danado, assistimos de longe, compungidos, as perdas e danos.

Outro tema grave entre os boêmios é a insistência de alguns em provocar a ira dos irmãos muçulmanos, tentando ridicularizar o Profeta Maomé sem razão alguma, uma provocação incompreensível. Aristarco de Serraria diz jamais ter visto, vindos de qualquer parte do mundo, filmes ou charges depreciativas a Jesus, o palestino que Roma adotou como seu. Lembra ainda que os árabes, quando governaram o mundo, sempre respeitaram as convicções dos outros povos.

Jezebel dos Cpers se diz feliz com o Brasil, país majoritariamente cristão, mas onde se professam todas as crenças de todos os templos, neste fundamental aspecto o Brasil é um paraíso, apesar dos graves problemas de desigualdades que temos. O respeito às crenças dos nossos semelhantes é sagrado. Jezebel encerra com as perguntas que preocupam a todos: o que leva um ser humano a cometer um desatino desses, qual a razão, o que pretende e o que ganha com isso? Só por dinheiro?

Lúcio Peregrino, pilotando o nótibuc na mesa do meio do bar, informa aos amigos que agora é uma revista francesa, aproveitando o incêndio provocado pelo arremedo de filme norte-americano, que vem novamente - já o fez de outra feita - escarnecer da fé alheia, com charges que além de ofensivas são de puro mau-gosto. O preço da irresponsabilidade: o governo francês corre a providenciar o fechamento de embaixadas, consulados, centros culturais e escolas em 20 países. Só Deus sabe o que pode acontecer.

O mesmo Lúcio Peregrino complementa dizendo que nossas revistas, jornais e chargistas independentes seguem adstritos aos nossos problemas, jamais apontando para os profetas das religiões. Aqui, quando muito, nos incomodamos com alguns mercadores da fé, estão passando dos limites, mas em paz, a tevê os mostra diariamente. Para dividir paixões, para rirmos de nós mesmos até, nos bastam a política e o futebol, sem ultrapassar aquela linha que separa a crítica do ódio. Vá lá, na política e no futebol por vezes temos algumas escaramuças, poucas muito graves, no dia seguinte ninguém lembra. Mr. Hyde entende que na política poderíamos ser menos tolerantes, o nível dos nossos representantes é muito baixo.

Leilinha pega o gancho das charges: hoje podem vir em dose dupla, para compensar o dia de ontem, e os boêmios passam à escolha das obras.

Clayton, de O Povo (Forteleza, CE).




Nani.




Novamente, o grande Nani.




Lila, do Jornal da Paraíba (João Pessoa, PB).




Leilinha Ferro ficou com o Casso, do Diário do Pará (Belém, PA). Sua primeira escolha gerou comentários: todos querem saber quem são esses caras que se meteram a escolher o nome da bola, depois o mascote e agora o nome do mascote da Copa. Quem lhes deu procuração? Se alguém souber nos diga. Já o nome da bola é de se chorar de tristeza.





E com o Sponholz, do Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR).



1 comentario:

  1. A liberdade de insultar, de magoar, é confundida com liberdade de expressão? É o que parece.
    Bjocas

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