jueves, 30 de agosto de 2012

9 a 2 para o Brasil, na Charge do Dias

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Desde cedo os empinantes comemoram no Botequim do Terguino. Motivos não faltam. Um é que Mr. Hyde está novamente a postos, após ter-se evadido do hospital com o auxílio do Contralouco. É o velho Mr. Hyde, com seu metro e noventa e a sua voz de trovão, que voltou ao trigo-velho com cerveja, rindo na mesa da janela, agora de nótibuc, tabuleiro à frente para acompanhar a Olimpíada de Xadrez em Istambul.

Outro é a surra que os asseclas do José Dirceu vêm levando no STF.

Do Internacional ninguém ousa falar, quando o Jucão da Maresia tentou o Chupim da Tristeza se intrometeu, com tristeza no semblante: "Pelo amor de Deus, esquece isso, depois que virou time de ricos babacas não importa mais".

Aristarco de Serraria: "Alguém sabe do Contralouco?".

Clóvis Baixo: "Última vez que o vi foi ontem à noite, tava olhando feio para a camionete de alto-falantes da Manoela Meia Entrada, passou aqui na frente tarde, umas nove da noite...".

Aristarco: "Ave Maria, espero que não seja o que estou pensando...".

Lúcio Peregrino toma a palavra: "Peguem aí, tigrada, vai a situação do João Paulo Cunha, que poderia se eleger prefeito de Osasco:

Corrupção passiva: Brasil 9 x 2 José Dirceu
Peculato: Brasil 9 x 2 José Dirceu
Lavagem de dinheiro: Brasil 6 x 4 José Dirceu"

Gustavo Moscão: "Ué, por que José Dirceu?".

Lúcio: "Se ele era o chefe da quadrilha...".

Nicolau Gaiola, sempre avesso à política, hoje topou participar das discussões: "Ora, é Brasil do Joaquim x João Paulo. Um raposão antigo da política como esse João Paulo não iria comer pela mão do José Dirceu feito um ingênuo, são é comparsas".

Moscão: "Será que ele ia mesmo se eleger em Osasco?".

Ariscarco de Serraria: "Nunca se sabe, as pesquisas o botavam nos calcanhares de outro raposão antigo, do PSDB".

Moscão: "Eta povinho bem desgraçado, igual aqui".

Mr. Hyde solta a rua risada de filme de terror, depois diz: "Gostei desse igual aqui, Mosca, bem isso", e segue rindo.

Lúcio Peregrino: "De quebra vai perder o mandato de deputado. Mas, preso que é bom, nunquinhas, aliás como todos os demais".

Carlinhos Adeva: "Peço vênia para mandar um abraço ao meu amigo Cezar Peluso, que ontem implodiu a mentiralha de que era 'apenas' Caixa 2. Que aproveite bem a sua aposentadoria, ele merece, um grande juiz. Ontem à noite ele me telefonou, emocionado, para me convidar para a festa de...".

Nicolau Gaiola: "Pronto, tava indo bem, mas lá vem de novo com invencionices, pode parar...".

Carlinhos, mudando o rumo da trova: "Tá bom, não querem que eu conte, então não conto. Amigos, é o seguinte: gestionei junto à Leilinha, que concordou, a surra é histórica, merece homenagem fatiada tripla".

E com isso vieram três charges, valendo uma das duas a que têm direito, pelas regras da coluna.

Com o Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).






Com o Sponholz, do Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR).



E com o Dálcio, do Correio Popular (São Paulo, SP).





Para homenagear o grande artífice da mudança, obtiveram a autorização de duas obras. Ontem mesmo, por unanimidade, haviam separado a do Marco Aurélio, de Zero Hora (Porto Alegre), obra-prima cujos traços revelam, segundo o filósofo Aristarco, um fabuloso impressionista moderno. Vai para a parede.



E do Lute, do Hoje em Dia (São Paulo, SP).



Miss Leilinha Ferro ficou com a obra do Tacho, do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS). Leilinha, que deve ter lá as suas razões, a dedica à Manoela Namorida, ao Miudinho Fortunati e ao Villão.




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)




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