domingo, 1 de julio de 2012

Cala a boca, Galvão!, na Charge do Dias

.
Foi-se o tempo do Cala a boca, Galvão. Mr. Hyde pegou a tevê e a jogou no meio da rua, trovejando: "O povo da escuridão já não tem para onde correr!". Poucos boêmios estavam dentro do bar, quase todos lá fora. Os de dentro sem interesse maior no Espanha x Itália que tanto irritou o Hyde. A tevê ficou lá, toda arreganhada junto ao pé de oliveira, parece que recendeu o fedor de mofo. Igualzinha como quando estava ligada no bar.

A festa segue no Beco do Oitavo, um calor muito forte em Porto Alegre. Hyde traz sua cadeira e senta-se junto aos companheiros na rua. Ninguém comenta o seu gesto de quebrar a geringonça, mas ele sim. "Liguei num canal, o Galvão Bueno; no outro, o berrador da Band assessorado pelo caipirão analfa. Não há estômago que aguente, se eu não quebrasse aquela merda acabaria tendo um ataque e cortando os pulsos".

Lúcio Peregrino: "Não é apenas o futebol, são os donos do sistema, Hyde, o mofo vem deles, só pensam em raspar os bolsos dos miseráveis, dando nada em troca. O Brasil seria menos inculto só com o silêncio desses caras"

Tigran: "E eles vão largar o porco? Vivem disso, os sanguessugas..."

Hyde: "Pior. Antes teve entrevista com aquele Mano Menezes, uma besteira atrás da outra, incrível que tenham audiência com isso. Por alguma razão ele só dá para a globo as tais entrevistas exclusivas. Alguém sabe quanto esse sujeito ganha por mês, para jogar um amistoso de dois em dois anos, fingindo que é ele quem convoca e escala? Será que tem beira pra dirigente?"

Lúcio: "Um milhão e meio, o mesmo que deve ganhar o Galvão para emburrecer as pessoas desprotegidas, com a sua cultura de Ronaldo Caiado, em nome do tumor global; o outro tumor, a bandeirantes, não fica atrás, só paga menos".

Carlinhos Adeva: "Pessoal, puta vida, será que é possível pararem de falar de podridão? Querem estragar o domingo?"

Ufa. A turma do Beco escolheu a obra do Rico, do Vale Paraibano (São José dos Campos, SP). 


Na mesa onde estava o Contralouco, os empinantes do Botequim do Terguino também escolheram a sua obra. Do Nani.




Leilinha Ferro, depois de tudo o que ouviu, ficou pensando no fim do mundo. Com o Lute, do Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG).


No hay comentarios.:

Publicar un comentario