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Começou a cair a ficha. Uma lástima para os deputados que pensavam que o seu voto favorável ao Código Florestal dos desmatadores ia passar batido. Em todo o país eclodem manifestações pelo veto ao monstrengo, aos poucos a população cai em si e se une aos especialistas que há mais de um ano vêm denunciando a barbaridade.
Ontem, num bairro de Betim, em Minas Gerais, a presidente Dilma driblou seguranças, ministros e parlamentares que a acompanhavam durante solenidade de entrega de unidades habitacionais, para cumprimentar adeptos da campanha "Veta, Dilma".
Numa modesta cerimônia que interessava somente aos beneficiários das unidades habitacionais, o número de manifestantes também foi modesto: apenas 50 pessoas gritavam "Dilma, pode vetar. O Brasil vai te apoiar”. A presidente escapuliu dos seus acompanhantes e atravessou a rua para cumprimentá-los.
Alguns manifestantes usavam máscaras com os rostos de deputados federais mineiros que votaram a favor do projeto que reforma o Código Florestal, como o ex-governador de Minas, Newton Cardoso, Leonardo Quintão e Paulo Piau, todos do PMDB. Se a moda pega... tomara que pegue.
Neste momento os próprios ruralistas e seus representantes na Câmara dos Deputados estão apavorados, batendo cabeça, procurando um modo de aliviar a barra, pois temem que os gritos de protestos se transformem num terrível urro que ensurdecerá o Brasil. Querem se antecipar, evitando a mobilização em massa.
Deram uma sinuca de bico na presidente, o que não esperavam é o feitiço virar contra o feiticeiro. Agora se deram conta de que, se houver essa mobilização em massa, aí, mesmo que a presidente vete partes da lei, o povo cobrará nas urnas o preço da sua ganância.
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