viernes, 3 de febrero de 2012

Dalmo Castello

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A palafita é fascinada por Dalmo Martins Castello (3/2/1943, Rio de Janeiro, RJ). Entre muitos clássicos, tem um samba, de 1973, que arrepia e põe toda a nossa tribo a dançar, independentemente de nacionalidade. Precisam ver o novo habitante da palafita, o haitiano Aristide Neptune Salazar, dançando com as suas menininhas. Miquirina Segundo dança lá adiante, conhaque com cerveja, ora veja.

Puxa, o Dalmo está ficando moço, hoje completa... 69! Viva!

Sobre o grande artista, vai o que diz o magnífico Dicionário Cravo Albin

Cantor e compositor. Nasceu no bairro do Rio Comprido. Começou tocando surdo e tarol aos dez anos e três anos depois começou a tocar violão. Logo depois, compôs a sua primeira música, "Eu e você".

Herdou a inclinação musical de sua mãe, bandolinista, que recebia em sua casa artistas como Jacob do Bandolim e Lúcio Alves. Cresceu estudando e jogando bola.

Entre seus vizinhos estava Jorge Ben, com quem sempre conversava sobre música e futebol. Participou das rodas de samba promovidas por Tereza Aragão no Teatro Opinião, ao lado de Nelson Cavaquinho, Padeirinho, Paulinho da Viola e Baianinho. Aos 15 anos foi convidado por Ataulfo Alves a participar de seu programa de rádio. Seu primeiro parceiro foi Toneca em "Menina Leblon" e em "Última mensagem", ainda inéditas.

Conheceu Johnny Alf, com quem compôs "Amanheceu", gravada por Sonia Maria Bianchi, com arranjos de Eumir Deodato, também interpretada por Agnaldo Rayol.

Em 1964, gravou o seu primeiro compacto simples "Pare e pense". No ano seguinte, lançou outro compacto simples, "Fora de hora". Ainda na década de 1960, classificou a marcha "Quando dois se gostam" no "1º Festival Internacional da Canção". Classificou também, neste mesmo ano, "Quem parte, parte" no "Festival de Música de Carnaval", organizado por Ricardo Cravo Albin para o Museu da Imagem e do Som.

Musicou várias peças infantis, dentre elas "Luisinho vai a Marte" e "Os bons tempos voltaram".

No ano de 1970, foi contratado pela Rádio Televisão Mexicana. Durante um ano no México, representou este país, juntamente com Armando Manzareno, no "Festival Onda Nueva de Caracas", destacando-se como finalista com a música "O herói".

Em 1973, numa feijoada preparada por Dona Zica, conheceu Cartola. Nesta mesma tarde, nasceu a primeira parceria da dupla, "Corra e olha o céu", gravada, mais tarde, por Leny Andrade, Os Cariocas, Cláudia Telles, Beth Carvalho, Vânia Bastos, Cartola e o próprio Dalmo Castello em seu primeiro LP. A parceria com Cartola, segundo Dalmo, "Já era etílica".

O primeiro elo de aproximação entre os dois foi o gosto pela mesma bebida: conhaque, alternado com cerveja. Passaram a se encontrar freqüentemente e a compor, nascendo outras composições como "Disfarça e chora", gravada por Leila Pinheiro, "Verde que te quero Rosa", que anos mais tarde seria usada como tema para o enredo da Mangueira, "Motivação" gravada por Beth Carvalho e "Musquitim", esta em parceria com Cartola e Xico Chaves. Com o poeta e letrista Xico Chaves compôs várias canções.

No ano de 1983, João Nogueira lançou pela RCA o disco "Bem transado". No LP foi gravada a música "Se segura, segurança" parceria com Edil Pacheco e João Nogueira. Ao todo, foram três LPs gravados; "Meu retrato", "Com que prazer" e "Vide verso", este lançado pela Coomusa (Cooperativa Mista dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro), do qual a música "Rio, cidade mulher" foi usada pela TV Globo em um programa do "Globo Repórter" especial sobre a cidade do Rio de Janeiro.

Com Monarco compôs "Mestre coração", gravada por Beth Carvalho. Através do Projeto Pixinguinha conheceu Dona Ivone Lara, com quem compôs "Em pedaços", que deu nome ao seu disco lançado em 1999. Neste trabalho, foram incluídas as participações especiais de Dona Ivone Lara e Cristina Buarque, e ainda de Paulo Moura.

No ano de 2003, ao lado de Nelson Sargento, Xangô da Mangueira, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Eliane Faria, Wilson Moreira, Délcio Carvalho, Nei Lopes e Áurea Martins, foi um dos convidados de Vó Maria para o show de lançamento do disco "Maxixe não é samba", de Vó Maria, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

Em 2004 lançou o CD/DVD/CD-ROM "Passeador de palavras", com entrevista cedida ao historiador Luis Fernando Vieira e um clipe com a particiação de Nelson Sargento. Dentre as composições incluídas destacam-se "Disfarça e chora", "Motivação" e "Corra e olha o céu", todas com Cartola, "Chorando no choro" (c/ Abel Ferreira), "De pilotis à palafitas" (c/ João Nogueira), "Se segura segurança" (c/ João Nogueira e Edil Pacheco), "Velhas lagartas, novas borboletas" (c/ Monarco), "Mais que um" (c/ Carlinhos Vergueiro), "Passarela da vida" (c/ Ederaldo Gentil) e "Na boca do vento" (c/ Cláudio Jorge).


Já rodamos neste blog essa sua fantástica composição, parceria com Cartola, em 1973.

Vai de novo, oba, que noite linda neste 3 de fevereiro, a palafita se ilumina.

Com Lúcio Mariano e o Samba Carioca, rara conjugação de talento e amor.

Tintim, Dalmo, Salud!

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