jueves, 1 de diciembre de 2011

Gagás e retardados

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Como todos sabemos, ontem (30) a Comissão de Ética Pública da Presidência da República foi unânime em recomendar que Dilma Rousseff demita o seu ministro do Trabalho, que, como boa parte (na outra parte a imprensa ainda não chegou, por despreparo) dos executores do seu programa de governo, está atolado em denúncias de corrupção e outros desvios impróprios para um Ministro de Estado, por suposição a fina-flor da raça. Como dizia a nossa mãe, ao nos ver saindo para a biblioteca pública, naqueles tristes e alegres anos de uma simples casinha de madeira e mesa de arroz e feijão: "Estuda, meu filho, estuda. Se for um homem culto, honesto, sério, capaz, um dia ainda será ministro do Brasil".

A Comissão de Ética da Presidência é formada pelas seguintes pessoas: José Paulo Sepúlveda Pertence (ex-ministro do Supremo Tribunal Federal), Roberto de Figueiredo Caldas (presidente da Comissão Nacional de Direitos Sociais da OAB), José Ernanne Pinheiro (teólogo, assessor da CNBB), Humberto Gomes de Barros (ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça), Marília Muricy Machado Pinto (doutora em Filosofia do Direito, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/BA) e Fabio de Sousa Coutinho (Advogado, membro da ABL, cadeira 21).

As palavrinhas entre parênteses dizem muito pouco do currículo de cada um. Para que se possa melhor compreender quem são, um resumo pode ser acessado AQUI

À leviandade (esta palavra é o mínimo que se pode dizer) de alguns indivíduos: eis o que disse Paulo Pereira da Silva, chefete da Força Sindical e hoje deputado federal:

- Esperamos que ela não ouça essa comissão de gagás. Essa é uma comissão de gagás, de velhinhos que ficam perseguindo o ministro Lupi. Vamos ver se a Dilma vai ouvir essa comissão de retardados. Na verdade, essa comissão de ética sempre perseguiu o ministro Lupi.

Sobre o "Paulinho da Força", forçosamente se observa o seguinte em seu currículo: Foi condenado em 2011 a pagar multa civil de cerca de R$ 1 milhão pelo crime de improbidade administrativa.

Respeite-nos, dona. Livre-se dessa escória.

Abaixo, ilustrativamente e com isso homenageando os outros membros da Comissão, um breve currículo do presidente da mesma, Sepúlveda Pertence.

JOSÉ PAULO SEPÚLVEDA PERTENCE, filho do Engenheiro José Pertence e D. Carmen Sepúlveda Pertence, nasceu em Sabará, Minas Gerais, em 21 de novembro de 1937. É casado com D. Suely Castello Branco Pertence e possui três filhos: Pedro Paulo, Evandro Luiz e Eduardo José Castello Branco Pertence. Fez os cursos ginasial e clássico no Colégio Estadual de Minas Gerais, de 1949 a 1955. Tornou-se Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, em 1960, conquistando a medalha Rio Branco, destinada ao melhor estudante da turma, além de vários outros prêmios correspondentes a disciplinas específicas do curso. Durante o curso secundário e o bacharelado, dedicou-se intensamente ao movimento estudantil, ocupando postos de representação e de direção em diversas entidades, sendo inclusive 1º Vice-Presidente da UNE - União Nacional dos Estudantes, no biênio 1959/1960.
Fez curso de mestrado na Universidade de Brasília, havendo obtido os créditos e aprovação do plano de dissertação de mestrado, que não apresentou em virtude da demissão. Foi Instrutor e Professor Auxiliar na citada universidade, desde a abertura dos cursos, em abril de 1962, até outubro de 1965, quando dispensado. Reintegrado, por força da anistia, em 1985, na posição de Professor Adjunto, está licenciado. De 1962 a 1965, na Universidade de Brasília, participou, como auxiliar docente, dos cursos de Introdução à Ciência do Direito, dirigido pelos Professores Hermes Lima e A. L. Machado Neto; Direito Constitucional, de responsabilidade dos Professores Victor Nunes Leal e Waldir Pires; e Direito Penal, sob a direção do Professor Roberto Lyra Filho. Quando dispensado, em 1965, ministrava, como responsável, o primeiro curso de Teoria Geral do Direito Público. Em 1973, lecionou Teoria Geral do Processo, no Curso de Direito da AEUDF (Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal). Ocupou o cargo de Assistente Jurídico da Prefeitura do Distrito Federal (1961).
Aprovado e classificado em primeiro lugar no concurso público para membro do Ministério Público do Distrito Federal, em setembro de 1963, exerceu as respectivas funções até outubro de 1969,quando aposentado pela Junta Militar, com base no AI-5.De 1965 a 1967, desempenhou o cargo de Secretário Jurídico no Supremo Tribunal Federal, no gabinete do Ministro Evandro Lins e Silva. Durante o curso de Direito, atuou como solicitador no foro de Belo Horizonte (1959/1960), passando a advogar, em Brasília, a partir de 1961, com interrupção de 1963 a 1967. A partir de 1969, fundou, com o Ministro Victor Nunes Leal, que fora aposentado no Supremo Tribunal Federal, e os advogados Cláudio Lacombe, José Guilherme Villela e Pedro Gordilho, a Sociedade de Advogados Nunes Leal, em Brasília. De 1969 a 1985, dedicou-se integralmente à advocacia, em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi conselheiro da OAB, Seção do Distrito Federal, de 1969 a 1975; membro do Conselho Federal da OAB, como delegado do Distrito Federal, de 1967 a 1985; e Vice-Presidente da OAB (Conselho Federal), de 1977 a 1981. Participou, como representante da OAB, de bancas examinadoras nos concursos públicos de provas e títulos para Juiz Federal dos Territórios (1974/1975); Juiz Substituto do Distrito Federal (1978); Procurador da República (1978/1979); Juiz Federal, em 1982; Juiz Federal, em 1983/1984; presidiu, como Procurador-Geral, a Comissão Examinadora dos concursos para Procurador da República, realizados em 1986 e 1988.

Foi nomeado Procurador-Geral da República, em 15 de março de 1985, exercendo cumulativamente as funções de Procurador-Geral Eleitoral e de membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Participou da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (Comissão Afonso Arinos), sendo relator dos textos relativos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e integrante da Comissão de Sistematização Final. Na Assembléia Nacional Constituinte, como convidado, prestou depoimento na Subcomissão de Garantias da Constituição.

Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, em decreto de 4 de maio de 1989, na vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Oscar Corrêa, tomou posse no cargo em 17 do mesmo mês. Indicado pelo Supremo Tribunal Federal para Juiz Substituto do Tribunal Superior Eleitoral (8 de maio de 1990 a 20 de maio de 1991) e Juiz Efetivo (21 de maio de 1991 a 3 de junho de 1992), assumiu a Vice-Presidência (4 de junho de 1992 a 14 de junho de 1993) e exerceu a Presidência daquele órgão, de 15 de junho de 1993 a 15 de novembro de 1994.Em 9 de novembro de 1994, foi eleito Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. Ascendeu à Presidência, mediante eleição, em 19 de abril de 1995, e foi empossado no cargo em 17 de maio seguinte, nele permanecendo até 20 de maio de 1997. Escolhido pelo Supremo Tribunal Federal, retornou ao Tribunal Superior Eleitoral, como Juiz Substituto, em 16 de dezembro de 1999, sendo eleito Juiz Efetivo, em sessão de 7 de março de 2001. Em 20 de fevereiro de 2003 foi eleito e tomou posse, pela segunda vez, no cargo de Presidente do TSE.Publicou os seguintes trabalhos jurídicos: “Da Competência na Teoria do Ordenamento Jurídico”(mimeo,UNE, 1965); “Contribuição à Teoria do Distrito Federal” (Doutrina e Jurisprudência, Rev.do TJDF, nº 2/17; Rev. Forense, 224/365); “Liberdade de Direito e Asilo” (Anais da VIII Conferência Nacional da OAB); “A OAB e a Anistia” (Parecer da OAB, 1979, em Anistia, Senado Federal, 1980, 2º vol.);“Victor Nunes Leal” (Homenagem póstuma no STF — Revista do Direito Público, 77/21); “A Crise Institucional Brasileira” (painel com os Professores J. J. Calmon dos Passos e Celso Antônio Bandeira de Mello, OAB-RJ, 1984); “Princípio da maioria absoluta” (Art. 75, CF) “Eleições de Governadores e Prefeitos” (parecer, Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 1/115); “Inelegibilidade — Crime contra a Administração Pública — Prescrição retroativa” (Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 1/115); “Propaganda Eleitoral — Isonomia” (parecer, Cadernos de Direito Constitucional e Eleitoral, v. 3/48); “Eleitoral — Possibilidade de os meios de comunicação divulgarem, a qualquer tempo, pesquisas eleitorais. Constituição de 1988” — Parecer, 26 de outubro de 1988; Pareceres do Procurador-Geral da República (1985/1987), Ministério da Justiça — DIN, Brasília, 1988, 601 páginas. Proferiu conferências e palestras, e participou ainda em painéis e seminários, destacando-se os seguintes: “Liberdade e Direito de Asilo” (defesa da tese), VIII Conferência Nacional da OAB, Manaus, 18 a 22-5-1980; “Estado de Direito Democrático e Constituinte”, Chapecó, Encontro dos Advogados de Santa Catarina, agosto de 1980; “Os Territórios na estrutura constitucional brasileira”, Boa Vista, Roraima, 1980; “Assembléia Constituinte ou Reforma Constitucional” (debate com o Deputado Bonifácio de Andrada), OAB/GO (Semana da Constituinte), 1982; “Compromisso Político dos Advogados”, Congresso Nehemias Gueiros, OAB-RJ, Rio, 1983; “O Problema do Ensino Jurídico”, Centro Acadêmico Afonso Pena, Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1983; “A Crise Institucional Brasileira” (painel com os Professores J.J. Calmon Passos e Celso Antônio Bandeira de Mello), OAB-RJ, 1984; “A Soberania Nacional no Contexto Internacional”, presidência de painel do Congresso Nacional dos Advogados Pró-Constituinte, OAB, São Paulo, 2-8-83; “O Advogado e a Defesa dos Direitos Sociais”, XII Encontro dos Advogados de Pernambuco, Recife, 11-11-1983; “A Advocacia na Conjuntura da Crise Institucional Brasileira”, Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 16-3-1984; “O Ministério Público”, Escola Superior de Guerra, Rio, 30-5-1985; “Atualidades e perspectivas constitucionais do Ministério Público”, conferência inaugural da Escola Superior de Aperfeiçoamento do Ministério Público de Santa Catarina, Florianópolis, 17-6-1985; “A Nova República e suas relações com os empresários”, seminário do Encontro de Empresários, Fundação Dom Cabral (Universidade Católica de Minas Gerais), 11-7-1985; “O Bacharel em Direito: formação e perspectivas profissionais”, Universidade Gama Filho, Rio, 30-8-1985; “O Ministério Público e a Criminalidade econômica”, Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 6-9-1985; “OAB, Sociedade Civil e Processo de Democratização”, Reunião dos Presidentes da OAB, Maceió, 16-3-1984; “A advocacia em tempo de crise”, II Encontro dos Advogados do Estado de São Paulo, OAB/SP, 4-9-1984; “Constituição e Constituinte”, Escola Superior de Guerra, Rio, 9-6-86; “Constituinte e Poder Judiciário”, painel com o Ministro Miguel Seabra Fagundes, Semana da Constituinte, OAB/Paraíba, Campina Grande, 1986; “A Representação por Inconstitucionalidade”, Escola Superior de Advocacia da OAB/RS, Porto Alegre, abril de 1986; “A democratização do Poder Judiciário”, Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 6-4-1987; “O Controle de Constitucionalidade das Leis”, Centro de Estudos da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de janeiro, Rio, 24-7-1987; “A Corte Constitucional no Brasil: avanço ou retrocesso”, Ciclo de Estudos do Governo da Paraíba, João Pessoa, 1987; “Perspectiva do controle de constitucionalidade no Brasil”, Ciclo de Estudos da Secretaria de Justiça do Estado do Maranhão, São Luís, 21-11-1987; “Inovações do sistema brasileiro de controle da constitucionalidade”, Semana do Advogado, OAB-MG, Belo Horizonte, 11-8-1988; “Em defesa do sistema misto de controle da constitucionalidade no Brasil”, Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná e Instituto dos Advogados do Paraná, Curitiba, 1988; “O Ministério Público”, II Fórum Jurídico Brasileiro, Fundação Dom Cabral (Universidade Católica de Minas Gerais), Belo Horizonte, 20-9-1988; “O Estado-membro na nova Constituição”, Centro de Estudos da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, 18-11-1988; “A criminalidade econômica e financeira”, palestra em seminário sobre o mercado de capitais para magistratura e membros do Ministério Público, patrocinados pela Comissão Nacional das Bolsas de Valores - CNBV, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, 1985/1987; “Judiciário, Ministério Público e Advocacia”, painel, Semana da Constituição, OAB/PI, Teresina, 21-10-1988. Desde 1995, tem dedicado dezenas de palestras aos temas da reforma do Poder Judiciário — particularmente a defesa da proposta da “Súmula vinculante” — e aos problemas da convivência dos sistemas concentrado e difuso de controle da constitucionalidade de normas, no Brasil. Em maio de 1987, participou da Representação do Brasil no Convegno Internazionale sobre L’Avvocatura nel principali ordinamenti contemporanei, patrocinado pela Avvocatura Generale dello Stato da República Italiana, em Roma, onde apresentou comunicação sobre Il Sistema Brasiliano del Controllo della Costituzionalità delle Leggi: una Simbiosi Instituzionale da Preservare. Possui as seguintes condecorações: Ordem Rio Branco (Grã-Cruz); Ordem do Mérito das Forças Armadas (Grande Oficial); Ordem do Mérito Aeronáutico (Grande Oficial); Medalha da Inconfidência (Grã-Cruz); Ordem do Mérito de Brasília (Grã-Cruz); Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho (Grã-Cruz).

Aposentou-se, a pedido, em 17 de agosto de 2007, por decreto de 23 de agosto, publicado no DOU de 24 do mesmo mês.








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