lunes, 19 de diciembre de 2011

Tem que ter home!, Daison Pontes!, n'A charge do Dias

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A turma do Botequim não gostou nada de ligar a tevê ontem de manhã, na decisão do mundial interclubes, Barcelona x Santos. 

Desligaram a joça no início do segundo tempo. Terguino rugiu: queria ver esses espanhóis de merda, se é que tem algum espanhol lá, porque é tudo estranja, se na zaga santista estivesse o Daison Pontes, do Gaúcho de Passo Fundo. Só tetéio não ganha taça, tem que ter home!

Pior é que é bem assim. Faltou home pro Santos. Se tivessem metade de um Daison Pontes na zaga central, o Daison até lesionado, meio manco, com cinco tiros no corpo, flechado que nem São Sebastião, se esvaindo em sangue, ainda assim a história seria outra, o taura gritaria, brabo, mas muito brabo: "Venham, seus filhos da puta, entrem na minha área pra ver! Les pego no meio do campo, casteianos de merda!".

E não se enganem: na categoria, Daison dava de dez nos famosinhos da imprensa. Bota categoria nisso, o fino do futebol, um bailarino. A bola, venha do jeito que vier, cai aqui e morre, mansa, no peito, no lado do pé, onde ele quisesse. Claro, jogando no Gaúcho, contra a riqueza de Inter e Grêmio, meio sozinho, na hora do terror metia o pé, balão pro mato, é campeonato. E tinha outra: juiz roubou? Meto o braço na cara dele. O viadinho ali deu de teimar com homem? Meto o braço nele também. E o principal, o que faltou ao Santos: empurrava a moçada, lhes dava coragem, emoção, e a moçada ia com ímpeto, tinha ali atrás quem segurasse as pontas com aquela imensa catega e bravura. No Flamengo durou três meses, só porque grudou um filho da puta numa grade.

Isso se não fizesse gol de cabeça no fim, para desmaiar de emoção como um irmão dele desmaiou um dia. Enfim..., modernidades de grana. Agora os zé-cu trilionários perdem e saem se beijando, se lambendo, se trocando no banheiro, enquanto os otários da torcida choram. Mas bah, uma falta de vergonha na cara que machuca de ver.

E nesse grupo de otários não vejo somente a massa ignara. Vejo doutores... Que mundo, ei, senhor Deus, nessas horas peço que me tire daqui. Para uma melhor, ó Deus amigo, não me leve para o "estádio" do Curintiã, prefiro morrer, lá se compra título. Eu gosto de ganhar título, na bola e na raça.

Fecharam com o Duke, do Super Notícia (Belo Horizonte, MG).


O Beco do Oitavo ficou com o Clayton, de O Povo (Fortaleza, CE).



Adolfo diz que gostaria de expressar um pouco da sua felicidade (vai casar em breve, de novo...), mas que não pode suportar mais esse insulto. Com o Benett, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR).


Argumentou que ontem teria direito a duas, como os outros, e o exerceu lembrando o consultor de porra nenhuma. Tá bom, Adolfo.
Fausto, do Olho Vivo (Guarulhos, SP).






PS: 

1) Daison Pontes foi um dos melhores zagueiros de área que o RS já teve, era central. Estranhamente, não jogou na dupla Grenal, que já na época tinha muita bichice, mas nada se comparado ao agora.

2)  Vi Bibiano Pontes - mano do Daison - fazer um gol contra no primeiro grenal da minha vida, da geral. Era Gainete o goleiro, espetacular goleiro. Se a memória não me trai. Bibiano atrasou na catega, mas Gainete tinha saído. Fudeu tudo. Ninguém teve culpa, acontece. Um a zero pra eles. Voei comprar a primeira das duas cervejas. E vi depois Bibiano Pontes, com o peso de uma culpa que não tinha - nem Gainete, foi apenas um desacerto - ir para a área tricolor. E voar no escanteio, golaço de cabeça. Com o impulso foi parar na linha de fundo, meio ajoelhado ao festejar, tremendo de um modo estranho, véspera de desmaio, não sei se todo o estádio notou, eu gritei e pulei, mas notei a tremura diferente. O irmão do Daison, de fato, estremeceu e desmaiou de emoção. Um susto daqueles, fiquei com o coração na mão, mas felizmente não foi nada, o médico do Inter correu, sei lá o que fez, éter, algo para despertar, e depois se levantou. Tinha a quem puxar. Se o Santos tivesse um irmão do Daison, o papo seria outro. Se fosse o próprio Daison Pontes, baleado e flechado, se inteiro não teria graça: adeus Barcelona. 

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