jueves, 24 de noviembre de 2011

A Capivara do Supremo Tribunal Federal

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Por João da Noite

Capivara no jogo de xadrez quer dizer o tolo que se acha esperto, o chato que joga muito mal, nervosamente, atrapalha o adversário e vive de contar vantagem.

Na gíria dos Ratos (por alguma razão esse populacho ignorante assim chama a uma das classes armadas), significa a ficha completa do elemento (pobre, necessariamente) detido ou investigado.

Os habitantes dos butecos usam para indicar a mulher bunduda, coxuda e muito safada, destruidora de lares, enfim, pode nem ser bunduda e coxuda, mas é uma vagaba gostosa. A tevê está assim dessa raça.

Capivara também é a trepadeira Aristolochia, uma fedorenta do Nordeste brasileiro, não... não é parente da coxuda airosa, é uma planta, cujas raízes são usadas contra veneno de cascavel.

No dicionário, primeira acepção, é o bicho, do tupi kapii' guara, "comedor de capim". Obviamente, o bicho, que é o maior roedor do mundo, alimenta-se de capim, como é moda entre dondocas.

Daí que quando ouvimos, en passant, que uma capivara tinha invadido o Supremo Tribunal Federal, ficamos a nos perguntar: qual delas? O que pretenderia aprontar para cima dos nobres causídicos embecados?

A bunduda não era, os caras que frequentam o circunspecto local não surfam nada, segundo nos informou a D. Stanislava Perkoski (a famosa Polaca), mera suposição da onça velha, mas calcada firmemente nos seus muitos anos de experiência com broxuras, data venia.

Pensamos na hipótese mais agradável, a trepadeira, diante da possibilidade de haver algum povinho mordido por cascavel naquele verborrágico espaço.

Mas era só o pobrezinho do bicho, que, pensando bem, corria perigo, pois vai que naquele momento por lá estivesse alguma cobra graúda, como o Daniel Mendes, que o engolisse vivo...

As classes armadas (outras) a salvaram. Esperamos que não tenha virado churrasco de capincho.

O Aroeira não deixou passar em branco:






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