domingo, 24 de julio de 2011

De maldades e lágrimas

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.A RAPOSA CUIDANDO DO GALINHEIRO?

Por Nicolau Lutz Netto


Entre duas correntes pedetistas que buscavam administrar a COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA, no governo estadual que teve início em 1990, foi escolhido, na briga de marido (governador) e mulher (Deputada, depois Secretária da Educação) um grupo de empregados de carreira na empresa, entusiastas do suposto sucessor de Brizola, que quando governou o RS, de 1959 a 1963, estruturou e fez todo o plano de eletrificação do Estado, cumprido religiosamente pelos sucessivos governos da Dita-Dura.


Assim, em verdade, em verdade vos digo, que aquela Diretoria capacitada por técnicos com larga experiência na empresa, foi presidida por uma eminência parda, empregado da Petrobrás, que nunca havia exercido qualquer cargo de comando, que desconhecia a planta energética do Estado e desconhecia a estrutura de administração da CEEE e, como prêmio de consolação, implantaram também na Direção da Empresa um jovem radialista que entendia de rock and roll, promovia eventos musicais e nada sabia da Empresa.


Os gestores que assumiam a Empresa já sabiam que todo o quadro de pessoal, empregados da própria empresa, representavam menos de 60% dos trabalhadores e que 40% deste efetivo (engenheiros, arquitetos, administradores, economistas, eletrotécnicos, motoristas, pessoal de limpeza, vigilância, serventes e até eletricistas) eram contratados de "empreiteiras" e que a maioria "desaparecia" na extinção de seus "contratos de prestação de serviços" e a CEEE ficava obrigada, pela Justiça do Trabalho, a indenizar todas as verbas rescisórias e muitos encargos trabalhistas destes empregados de empreiteiras que apareciam em novos contratos com denominações diferentes, embora pertencentes aos mesmos "empreiteiros".


Tão logo a nova Diretoria deu início aos exames dos contratos e fazendo a constatação das empresas contratadas ao longo de governos anteriores, os novos administradores resolveram estancar o jorro de dinheiro que estava sendo pago em duplicidade (diretamente para a empreiteira - que sumia - e posteriormente para os empregados das mesmas que não eram corretamente por elas pagos) e, para sanear estas irregularidades que enriqueciam os "empreiteiros" (muitos ex-dirigentes da CEEE e que faziam financiamento de campanhas políticas) resolvendo extinguir com esta prática e preencher todas as vagas do Quadro de Pessoal com empregados próprios, um grupo de empreiteiros resolveu alegar que o Governo havia colocado a "Raposa para cuidar do Galinheiro" - fizeram a figura de que a Raposa eram os novos dirigentes, na maioria sindicalizados assim como sindicalizados era quase toda a totalidade dos empregados da CEEE e que o Galinheiro era a própria empresa.


Os empreiteiros foram para as emissoras de rádio, tv e jornais atacando esta diretoria, alarmando a população e o inseguro governo que queria ser popular, e, tais empreiteiros apenas defendendo os seus próprios interesses em continuarem explorando mão de obra de terceiros e construindo as principais obras da empresa, desestabilizaram a qualificada diretoria.


O casal governante, despreparado e que havia recebido doações de campanha, demitiu a diretoria da empresa pelo jornal, e, sem perceber o mal que fez para a CEEE, a cada dois meses o casal governante nomeava uma nova diretoria, desqualificando a empresa, retaliando seu patrimônio e desestruturando sua administração, pelo quem em menos de dez anos, um outro governo altamente vinculado com os colaboradores de campanha e, certamente, interessados em outros ganhos futuros, leiloaram a empresa com valor de sucata.


Este foi o fim da maior empresa simultaneamente produtora, transmissora e distribuidora de energia elétrica do Brasil, ao cabo de mais de setenta anos de pesados e profícuos investimentos públicos porque a mídia dizia que fora nomeada uma Diretoria Raposa, para cuidar do Galinheiro... A COBRA AINDA ESTÁ VIVA (empresas estrangeiras que estão colhendo os frutos), a Criança (CEEE) foi esquartejada, e a população paga uma das taxas mais caras do Brasil, com constantes apagões... o lucro disto tudo vai para os megaempresários estrangeiros que exploram tais serviços implantados pela população.



Essa a carta que recebi de um querido amigo, o Dr. Nicolau Lutz Netto, nobre advogado deste Porto dos Casais, natural de Palmeira das Missões, contando coisas ainda estranhas ao povo, o último a saber, do nosso estado. Pedi a ele para aqui reproduzir. Um pedacinho de uma história sobre a qual ele tem muitos volumes documentais e, mais que isso, tem latente imagens e situações que nos envergonham na sua calma e ardente memória. Como puderam...

Junto veio uma fábula:

Em algum lugar existiu um Lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.


Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses; e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era um bicho, um animal selvagem; e portanto, não era confiável quando ela sentisse fome ela comeria a criança.

O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam: - "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho." "Quando ela sentir fome ela vai comer seu filho!


"Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada.... o Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa...

Ao entrar no quarto desesperado encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta...

O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos. Neste lugar nasceu uma linda árvore que jamais seria cortada...

"Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito...siga sempre o seu caminho não se deixe influenciar... não vale a pena".

Pois é.



5 comentarios:

  1. Puxa ...Se no RS a hoistória foi assim imagina no RJ... O povo merece saber as falcatruas de quem ele elege ...

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  2. Nao confunda as Ruinas de Machu Pichu com el Pichu del Machu en Ruinas.

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  3. Grato à mana Maria de Lourdes e ao amigo Lagarto pelos recados. Abraço. Salito.

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  4. Se a gente for mexer, salta cada coisa, cada nome... Por falar nisto, o Dr. Pirocco sugere a supressão de nomes, Salito, sabe como é, ele é a prudência em pessoa, besteira.

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  5. Certo, João. Ei, quando vais colocar uma foto nesse perfil?

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