lunes, 7 de marzo de 2011

Refresco com Mestre Marçal

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Nesta segunda-feira de leve ressaca, reverenciamos a memória de Mestre Marçal (Nilton Delfino Marçal, Rio de Janeiro, 1930 - 9 de abril de 1994), cantor  e ritmista brasileiro, que por mais de vinte anos foi diretor de bateria da Portela (também dirigiu a Estação Primeira de Mangueira), de onde a politicagem o afastou para ser bamba na Unidos da Tijuca.  Mestre Marçal tocava todos os instrumentos de percussão, do ganzá ao tímpano, passando pela cuíca, pandeiro e tudo o mais.


Um cara de uma categoria impressionante, e tinha lá suas histórias: “Arrumei uma preta num morro, lá em Brás de Pina, mas a preta tinha um boxeur. O crioulo parecia um duplex. Fui lá ver a preta. Subi o morro e encontrei o crioulo em pé na porta, parecia um guarda-vestido. Aí, eu vi que sujou e fui embora. Fui saindo, não vi o arame farpado, escorreguei, encarei o arame, mourão, vim caindo, embolado com aquilo tudo e vim parar no asfalto. Todo arranhado, meu terno rasgado. Mas não tem nada, perdi aqui, mas vou ganhar lá na frente. Me arrumei todo e me dei bem com outra preta, pois coração de sambista tem sempre vaga pra mais um”, contava às gargalhadas.


Era filho do consagrado Armando Vieira Marçal, que se notabilizou ao fazer músicas com outro marcante compositor, Alcebíades Barcellos, o Bide.


Em 2000 emocionados acompanhamos o show  Enredos e Terreiros, no Teatro Rival, quando Nei Lopes, Xangô da Mangueira, Tantinho e Nilton Campolino o homenagearam pelo que seria os seus 70 anos. Madureira chorou.


Saudades, Mestre Marçal!

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