viernes, 7 de enero de 2011

Refresco

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Lembrando RIACHÃO (Clementino Rodrigues - Salvador, BA, 14/11/1921), uma das mais expressivas figuras da MPB. Obra riquíssima, crônicas do cotidiano.
Sempre esquecido, com as exceções que confirmam a regra, como em 1972, quando Caetano e Gil, voltando do exílio, gravaram seu samba "Cada macaco no seu galho" e sacudiram o Brasil.
 
Entre muitas histórias, destacamos uma: nos anos de chumbo da Ditadura Militar que a Globo tanto exaltou e apoiou, Riachão tem um samba proibido pela Censura. A música se chamava ‘Barriga Vazia’ e a letra falava da fome: "Eu, de fome, vou morrer primeiro / você, de barriga, também vai morrer um dia".
A notícia da censura corre a cidade e em 1976, num show no Instituto Cultural Brasil Alemanha, a platéia universitária exige que Riachão a cante. O público pede com tanto entusiasmo que os músicos começam a executá-la e ele se vê obrigado a cantar o samba, fato que repercutiu na imprensa como uma "provocação" do sambista aos militares. Vejam nos vídeos abaixo a cara de agitador que Riachão possui... só rindo. 

Aqui em milagrosa aparição na "Grobo", pela madrugada, cantando com Beth dois sambas de sua autoria.
 

 

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